Sim, o técnico da Seleção Brasileira, Mano Menezes, finalmente caiu. Digo "finalmente" porque muitos torcedores vinham reclamando de seu trabalho, há algum tempo. Diziam que o ano de 2011 foi mais do que suficiente para provar que, com Mano, a Seleção Brasileira não chegaria a lugar algum. Questionavam como e por qual motivo seria interessante manter um técnico que realizava convocações inexplicáveis. Um técnico que era incapaz de definir um esquema tático e uma equipe titular. Um técnico que nem a tão desejada e sonhada medalha de ouro foi capaz de conquistar. Como, com um técnico desses, a Seleção seria capaz de superar o trauma de 1950, conquistando a também tão sonhada taça de campeão do mundo? Aqui, cabe a pergunta: não seria um exagero pensar dessa forma? Será que o trabalho de Mano foi tão ruim assim? Pois bem, o pedido foi atendido. Decisão inteligente? Quem sabe... Fato é que, mais uma vez, a mudança foi deixada para a última hora. Se o trabalho de Mano estava ruim, por que demití-lo a tão poucos meses da Copa das Confederações e a, apenas, um ano e meio da Copa do Mundo? Motivações políticas? Tudo indica que sim. Agora, muitos se questionam a cerca do que será feito. Boa pergunta! Alguns dizem que a solução é começar do zero. Impensável... Há poquíssimo tempo dos dois grandes desafios pelos quais os canarinhos irão passar, sendo um deles uma espécie de preparação final para o outro, o melhor a ser feito é encontrar alguém que consiga dar sequência ao trabalho de Mano, que não foi, de todo, ruim. A grande questão é saber quem será o responsável por tão difícil e arriscada missão. Dentre os principais nomes estão o de Luiz Felipe Scolari, Tite (atual técnico do Corinthians) e Muricy Ramalho (atual técnico do Santos). O fato de Felipão ter sido convidado pelo Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, a ocupar a posição de consultor do ministério lhes diz alguma coisa? Quem sabe... Para fins de reflexão, colocarei, abaixo, a opinião de importantes jornalistas esportivos, retiradas de seus blogs, a cerca da demissão de Mano Menezes.
- Daqui para a frente, é opinião. Nenhum técnico brasileiro, hoje, fará a
seleção jogar um futebol tão brasileiro quanto Mano vinha conseguindo
fazer. Bola saindo pelo chão, chegando à frente com toque, as linhas se
afinando, aproximando-se, o time compacto. Era um time brasileiro e
atual ao mesmo tempo. Como Mano fez, só Tite é capaz. Nem Felipão, nem Muricy - disse o jornalista Paulo Vinícius Coelho.
- Mas derrubaram Mano, no momento mais impróprio para isso. Não sou
exatamente um fã de Mano Menezes. Suas palavras medidas, sua postura,
suas convocações por vezes estranhas, sua ligação com o empresário
Carlos Leite. Só que uma coisa é fato: nenhum técnico brasileiro tem mais condições de
dirigir a seleção do que Mano Menezes. Pelos dois anos de trabalho,
pelo time-base enfim encontrado, pelo repertório tático, pelos
estudos... Os demais técnicos de ponta do país não chegam aos pés de Mano Menezes
hoje. Luiz Felipe Scolari, principal favorito agora, não faz um bom
trabalho há anos. Vanderlei Luxemburgo esboça uma reação no Grêmio.
Muricy Ramalho vive momento de estagnação no Santos. E Tite, que vive
ótimo momento, não me parece pronto ainda - disse o jornalista Arnaldo Ribeiro.
- Mano Menezes teve momentos piores no comando da seleção brasileira.
Diante disso, sua demissão nesse momento dá a clara sensação de que
passou longe dos aspectos técnicos. Uma decisão política. Por alguma
razão, ou por várias razões. Coisa de dirigente, seja ele brasileiro,
russo...No encontro foi oficializada a saída do treinador, por mais estranho que
isso parecesse dois dias após a seleção ganhar um troféu em Buenos
Aires e com um aparente clima de paz. O próximo treinador será escolhido
com base em quais critérios? Técnicos? Políticos? - disse o jornalista Mauro Cezar Pereira.
